segunda-feira, 4 de junho de 2018
Manguezal
Os mangues apresentam adaptações que lhes permitem sobreviver num ambiente com características estressantes como o manguezal. As raízes áreas são adaptações para o solo pobre em oxigênio.
Nos mangues pretos e brancos as raízes emergem de baixo do sedimento em direção ao ar, e mesmo durante a maré cheia suas extremidades ficam expostas ao ar possibilitando as trocas gasosas, essas raízes são chamadas pneumatóforos. Já o mangue vermelho apresenta expansões no caule principal contendo lenticelas, que são buracos por onde são feitas as trocas gasosas.
Existem três principais espécies de mangues: mangue vermelho (Rhizophora mangle), mangue preto (Avicennia schaueriana) e mangue branco (Laguncularia racemosa). Essa baixa diversidade se deve às condições desse ecossistema, pois poucas espécies conseguem sobreviver em ambientes com pouco oxigênio, alta concentração de sal e solo instável.
Para eliminar o excesso de sal as árvores do manguezal apresentam glândulas em suas folhas, por isso são chamadas plantas halófitas. Para a germinação em ambiente aquático os mangues apresentam uma importante característica: a viviparidade.
As sementes germinam ainda presas à planta mãe e são liberadas em um estágio de desenvolvimento chamado propágulo. Os propágulos acumulam grande quantidade de reservas nutritivas, o que permite sua sobrevivência até encontrarem local adequado para sua fixação.
O mangue vermelho é a espécie que ocorre em todo gradiente de inundação de um manguezal, para isso essa planta possui raiz escora, na qual diversos ramos emergem do caule e se fixam no solo, dando maior sustentação e impedindo que a planta tombe. As outras espécies de mangue ocorrem em áreas menos inundadas.
Como reconhecimento pela sua importância, os manguezais são considerados hoje Áreas de Preservação Permanente, mesmo assim continuam sendo progressivamente destruídos.
A poluição é uma grande ameaça a esse ecossistema, que também sofre com a expansão urbana e industrial. O uso sustentável desse ambiente é fundamental para que ele exerça seu papel ecológico e econômico.O manguezal possui uma variedade de nichos ecológicos, por isso abriga uma fauna diversificada representada por anelídeos, moluscos, crustáceos, aracnídeos, insetos, anfíbios, répteis, avese mamíferos.
Além disso, esse ecossistema funciona como o verdadeiro “berçário da natureza”, pois apresenta condições ideais para reprodução e desenvolvimento de formas juvenis de várias espécies, principalmente crustáceos e peixes. Dentre outras importantes funções dessa vegetação, destaca-se a proteção da linha costeira contra ações erosivas e o fato de ser fonte de renda e alimentos para as pessoas que vivem em seu entorno.
Origem da vida 02
Até o presente momento, a Teoria do Big Bang é utilizada para explicar o surgimento da Terra. Acredita-se que nosso planeta formou-se há 4,5 bilhões de anos e, durante cerca de um bilhão de anos, sofreu processos importantes, como seu resfriamento, viabilizando o surgimento da vida.
Estudiosos mais antigos acreditavam que os seres vivos surgiam espontaneamente da matéria bruta – a hipótese da geração espontânea, também chamada de abiogênese.Entretanto, por meio de diversos experimentos executados por cientistas, como Redi, Needham, Spallanzani e Pasteur,foi possível descartar essa hipótese, adotando a biogênese, que afirma que os micro-organismos surgem a partir de outros preexistentes.
→ Evolução química:
Embora tenha respondido a uma grande questão, a biogênese não explica como ocorre o processo de surgimento de uma espécie a partir de outra. Assim, existem algumas explicações para tal, sendo a origem por evolução química a mais aceita pela categoria científica. Essa teoria propõe que a vida surgiu a partir do arranjo entre moléculas mais simples, arranjo esse aliado a condições ambientais peculiares, o que resultou na formação de moléculas cada vez mais complexas até o surgimento de estruturas dotadas de metabolismo e capazes de se autoduplicar, dando origem aos primeiros seres vivos. Oparin, Haldane e Miller são os precursores dessa hipótese.
→ Hipótese autotrófica:
Atualmente, acredita-se que o primeiro ser vivo era autotrófico. Dois motivos justificam sua ampla aceitação: 1) até o surgimento da fotossíntese, o planeta provavelmente não apresentava moléculas orgânicas suficientes para sustentar as multiplicações dos primeiros seres vivos; 2) em razão da instabilidade do planeta, esses organismos só conseguiriam sobreviver se estivessem em locais mais protegidos, como fontes termais submarinas dos mares primitivos. Assim, a hipótese autotrófica sugere que os primeiros seres vivos surgiram primeiramente em ambientes mais extremos, nutrindo-se a partir da reação entre substâncias inorgânicas, tal como algumas archaeas atuais: processo esse denominado de quimiossíntese. Essa hipótese sugere ainda que, a partir desses primeiros seres vivos, surgiram aqueles capazes de realizar fermentação, depois os fotossintéticos e, por último, os seres heterotróficos.
Acredita-se que esses primeiros indivíduos eram procarióticos, compartilhando diversas semelhanças com as arqueas. A célula eucariótica provavelmente surgiu há dois bilhões de anos.
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