segunda-feira, 28 de agosto de 2017
Genética
BIOLOGIA
A Genética é a parte da Biologia que estuda os genes e os mecanismos que garantem a hereditariedade.
A compreensão de que o DNA carrega as informações básicas de cada indivíduo foi essencial para o desenvolvimento da Genética
Desde a antiguidade, o homem busca entender como ocorre a transmissão das características de um ser para outro. As primeiras ideias sobre hereditariedade eram bastante simples e apenas afirmavam que os filhos eram semelhantes aos pais, sem entender o mecanismo por trás dessa constatação.
A Genética é a parte da Biologia que estuda a hereditariedade, ou seja, a forma como as características são repassadas de geração para geração. Considera-se que essa ciência iniciou-se com os experimentos e leis propostas por um monge chamado Gregor Mendel, em um trabalho publicado em 1866.
Mendel esperava, com o desenvolvimento de seus trabalhos com ervilhas, entender por que o cruzamento entre híbridos gerava descendentes tão diferentes. Segundo alguns autores, com esses trabalhos, Mendel pretendia criar formas de desenvolver plantas híbridas que conservassem características importantes para a agricultura.
Para a realização de seus trabalhos, Mendel escolheu ervilhas e analisou sete características: o tamanho da planta, textura da semente, cor da semente, forma da vagem, cor da vagem, cor da flor e posição da flor. A escolha da planta foi essencial para o sucesso de suas pesquisas, uma vez que a ervilha apresenta fácil cultivo, várias sementes e ciclo reprodutivo curto.
Uma das leis propostas por Mendel em seu trabalho foi a segregação dos fatores, conhecidos hoje por genes. Segundo o pesquisador, cada pessoa apresenta uma par de fatores para cada característica que se separa no momento da formação dos gametas. No momento da fecundação, os gametas do pai e da mãe juntam-se, levando consigo suas características.
Mendel contribuiu de maneira grandiosa para os estudos da Genética e, por isso, é considerado hoje o pai dessa ciência. Os trabalhos desse pesquisador, no entanto, ficaram esquecidos por muitos anos, sem nenhuma utilização. Entretanto, em 1900, os pesquisadores Correns, Tschesmak e De Vries redescobriram independentemente os trabalhos de Mendel ao estudar plantas híbridas. Esses três botânicos contribuíram para a aceitação das ideias de Mendel e para o início dos estudos genéticos em humanos.
Outro trabalho que merece destaque é o de Morgan, que estudou a mosca drosófila e compreendeu que a transmissão de algumas características era determinada pelo sexo. Seu trabalho deu enfoque especial às mutações e sua transmissão para os descendentes. Em 1926, esse pesquisador publicou o livro The Theory of the Gene, no qual explicou que a hereditariedade está ligada a unidades passadas de pais para filhos.
Anos depois, a Genética passou por um grande avanço com a descoberta de que o DNA seria a estrutura-chave que carregava a informação genética. Entre os vários trabalhos com essa molécula, destacou-se o de Watson, Crick, Wilkins e Franklin, em 1953, que demonstrou a estrutura de dupla hélice do DNA.
Após a descoberta da estrutura do DNA, diversos outros trabalhos foram realizados a fim de entender quem era responsável por produzir as proteínas. A ideia de que o DNA seria responsável pela síntese de RNA e de que este, por sua vez, seria responsável pela produção de proteínas foi postulada por Crick, em 1958, e ficou conhecido como Dogma Central da Biologia Molecular.
A partir dessas descobertas, diversos avanços ocorreram na Biologia Molecular e afetaram diretamente o desenvolvimento da Genética. Entre esses importantes avanços, destaca-se a técnica do DNA recombinante, que se caracteriza pela capacidade de isolar um trecho de DNA e colocá-lo em uma bactéria a fim de produzir cópias desse trecho. Com isso, foi possível fazer com que organismos produzam substâncias de interesse econômico.
O avanço da Genética modificou completamente o mundo atual, tornando possível, por exemplo, criar clones, alimentos transgênicos resistentes às pragas, realizar testes de paternidade e solucionar crimes, mapear doenças e realizar aconselhamento genéti.
Confira os textos dispostos mais abaixo para conhecer as novidades no campo da genética e entender os princípios que norteiam esse campo de estudos da Biologia
Gregor Mendel
Biografia de Gregor Mendel
Gregor Mendel (1822-1884) foi um biólogo e botânico austríaco. Descobriu as leis da genética, que mudaram o rumo da biologia.
Gregor Mendel (1822-1884) nasceu em Heinzendorf, na parte da Silésia, que pertencia a Áustria. Filho de camponeses, observava e estudava as plantas. Sua vocação científica desenvolveu-se paralela à vocação religiosa. Aos 11 anos, entrou para a escola. Estudou filosofia em Ormutz.
Em 1843 entrou para o Mosteiro Agostiniano de São Tomás, em Brno, antigo Império Austro-Húngaro, hoje República Tcheca, onde foi ordenado padre, com o nome de Gregor. Em 1851 foi enviado à Universidade de Viena, por seu superior, para desenvolver sua vocação pela ciência. Passou três anos se dedicando ao estudo da biologia, matemática e química. Em 1853, de volta à província, divide o tempo entre lecionar ciências naturais na Escola Superior de Brno.
Em 1862, junto com alguns colegas do magistério, fundou a Sociedade de Ciências Naturais. Dedicou-se ao estudo do cruzamento de várias espécies de plantas, entre elas, feijão, ervilha e chicória. Estudou também animais, como abelhas e camondongos. O mecanismo interno que determina a hereditariedade constituía um dos mais árduos problemas da Biologia. Mendel fez descobertas que mudaram o rumo da Biologia e posteriormente serviram de base a um brilhante conjunto de leis da Genética.
Os trabalhos de Mendel sobre hereditariedade versam principalmente sobre os híbridos. Estudando grande número de espécies, de várias gerações, ele estabeleceu certos fatos que projetaram nova luz nas leis da herança. Suas pesquisas conduziram ao descobrimento das primeiras leis quantitativas da Biologia.
As leis de Mendel foram extremamente importantes para a evolução das ciências: a lei da dominância, da disjunção, segundo a qual as características dos ascendentes se dissociam nas gerações seguintes, segundo proporções fixas. E a lei da independência dos caracteres. Apesar da paixão de Mendel por botânica e zoologia, por volta de 1868, seus deveres administrativos no convento cresceram tanto, que ele abandonou por completo os trabalhos científicos.
Embora representasse um grande fato, os trabalhos escritos de Mendel passaram despercebidos até 1900, quando outros cientistas como o botânico holandês Hugo de Vries, conseguiu obter os mesmo resultados, embora Mendel tenha feito as mesmas descobertas 34 anos antes.
Johann Gregor Mendel faleceu em Brno, República Tcheca, vítima de doença renal, no dia 6 de janeiro de 1884
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
Ovo
Pode-se definir ovo como
sendo o zigoto resultante da fecundação do óvulo. Este zigoto é
formado devido à união de dois gametas, ou seja, é produzido pela fertilização
entre duas células haploides, um óvulo de uma fêmea e um espermatozoide de
um macho, que se juntam para formar uma única célula diploide. O ovo formado
contendo o embrião,
pode se desenvolver internamente como também externamente, dependendo da
espécie.

Ovos de diversos
tamanhos: aveztruz, galinha e codorna.
Nos animais ovíparos
(animais que põem ovos), tais como as aves, os insetos, os peixes, os moluscos e
duas espécies de mamíferos (ornitorrinco e équidnas), assim que o ovo
é formado, estes animais os depositam em terra ou na água, para que haja o
desenvolvimento embrionário externamente.
No entanto, espécies denominadas
ovovivíparas ao invés de expelirem os ovos param se desenvolverem externamente,
carrega-nos dentro de seus corpos até que possam eclodir (internamente) e
nascer um novo ser, muito comum em alguns peixes, répteis e
invertebrados.
Já os animais vivíparos o ovo é formado, porém desenvolvido
dentro do útero, sendo o embrião nutrido diretamente pela mãe, diferentemente
dos ovíparos e ovovivíparos onde o embrião é nutrido por nutrientes contidos no
ovo.
Os ovos da maioria
dos animais possuem formato elipsoide ou ovoide e são delimitados por uma
membrana interna denominada vitelo, que é muito nutritiva e composta
principalmente por fibras de proteína. A quantidade e a
distribuição do vitelo variam em cada espécie. Portanto, podemos classificar os
ovos em:
- Oligolécitos ou Isolécitos: Estes
ovos possuem uma quantidade reduzida de vitelo, distribuídos
uniformemente pelo citoplasma. São ovos encontrados nos mamíferos placentários, anfioxos e equinodermos.
- Heterolécitos ou Mesolécitos: São
ovos cuja composição vitelina ocupa cerca da metade do volume
citoplasmático (pólo vegetativo), distribuída de forma não-homogênea. São
ovos encontrados nos anelídeos, anfíbios e moluscos.
- Telolécito ou Megalécito: São
ovos cuja concentração de vitelo é grande e ocupa quase todo o ovo. São
ovos encontrados nas aves, peixes e répteis.
- Centrolécito: São
ovos cujo vitelo circunda o núcleo, encontrados nos artrópodes.
Os
ovos presentes em ambientes terrestres, como os dos répteis, das aves e monotremados são
protegidos por uma casca que funciona como um escudo protetor contra possíveis
predadores (gambás, raposas, gaivotas,
corvos, etc).
Estes ovos ainda possuem minúsculos poros que permitem que o
embrião possa respirar. Nesta categoria de ovos terrestres existe uma espécie
conhecida por produzir ovos imensos. São as avestruzes,
que além de se destacarem por serem aves exóticas recebem os méritos de serem
as campeãs dos ovos grandes (ovos de 16 cm de comprimento).
Os ovos de avestruz
chegam a pesar aproximadamente 1.5 kg e são tão resistentes, que suportam
perfeitamente o peso de um adulto sentado sobre eles.
Existe
também uma espécie que merece ser destacada, mas não pelos ovos grandes, e sim
pelos menores ovos do mundo. É a espécie de beija-flor Mellisuga
helenae, comumente conhecida como o beija-flor de helena. Esta espécie põe
ovos com menos de 10 milímetros e peso abaixo de 1 grama.
Já
os ovos presentes em ambientes aquáticos, como os dos peixes e anfíbios, são
gelatinosos e não possuem casca.
Neste meio, um grande número de ovos é
colocado de uma só vez por várias espécies, como os bacalhaus.
As
cores dos ovos são variadas dependendo da espécie. A cor padrão dos ovos dos
animais vertebrados é o branco, porém alguns tipos de aves, especialmente as
passeriformes produzem ovos coloridos.
Na culinária os
ovos são muito apreciados, especialmente os de galinha.
São consumidos em
variadas formas desde cru até cozidos, sendo uma fonte riquíssima de proteínas.
Porém, as pessoas que possuem o hábito de consumi-los cru, correm um grande
risco de contrair uma bactéria denominada Salmonella, que pode causar grave intoxicação alimentar.
Fecundação:
O que é Fecundação:
A fecundação é a fusão dos
materiais dos núcleos de dois gametas que dá lugar a formação de um zigoto, o
embrião.
A conjugação é um tipo de
fecundação que pode ocorrer nas bactérias, algas e outros organismos
inferiores, que se reproduzem pela transferência ou troca de material genético
entre duas células, ou por sua fusão em uma.
A
união dos gametas:
Na maioria das formas superiores,
a reprodução é o resultado da união de dois gametas distintos, sendo um
masculino e outro feminino.
O gameta feminino, chamado ovo ou
óvulo, é relativamente grande e contém uma reserva de nutrientes. Os gametas
masculinos, denominados espermatozóides, apresentam uma reserva bastante
pequena de nutrientes.
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